sábado, dezembro 25, 2010

Confissões em uma manhã de natal.

Sabe, hoje visitando o flickr do César Ovalle e vendo as fotos dele (que pra mim é um fotógrafo ilustre, e uma referência para mim), fez com que eu me apaixonasse de novo pela fotografia. Uma paixão que o meu desânimo havia levado embora. E apesar que agora seja tarde de mais para voltar atrás, e eu me arrependa um pouco, estou feliz com o pouco que aprendi (quase nada, eu confesso) e pela experiência que eu tive. Talvez não seja realmente a hora, ou talvez seja e eu esteja perdendo uma oportunidade que muitos esperam. Simplesmente não sei. Minha vida anda uma confusão desde que vim pra cá, e eu perdi meu rumo. Não tenho esperanças, e nem ânimo pra muita coisa, a muito tempo. Tenho vivido assim, em frente uma tela de computador, e simplesmente não reclamo. Sim, há uma vida lá fora esperando para ser vivida, mas o meu medo e o meu mundo fechado me impedem que eu vá vivê-la. Tenho evoluído muito na escrita nesses meses, mas tenho deixado de viver. Percebo que perdi muita coisa. É final de ano, e posso dizer que só vivi a metade dele. A outra metade eu não sei, se perdeu entre madrugadas em um computador, ou dias inteiros dormidos. Meu primeiro semestre foi muito bom, conheci pessoas que sei que levarei pra sempre, por mais que eu perca o contato. Vivi coisas das quais não me arrependo, e se pudesse, voltaria atrás e faria tudo de novo. Também há coisas que eu me arrependo, como quando fiz a escolha de vir pra cá. Mas hoje vejo que era necessário. Eu precisava amadurecer, nem que fosse a 'força', vamos assim dizer. Mas agora, que amadureci, eu não sei mais a onde pertenço. Aquele sempre foi o meu lugar, e continua sendo, só que não sei e confesso que tenho medo, que não seja a mesma coisa quando eu voltar. Afinal, muita coisa aconteceu e ainda vai acontecer nesses meses que estou fora, não é mesmo? Pessoas novas aparecem, e outras vão embora, como eu. Eu não tenho mais certeza do meu lugar. Aqui, claro que é um bom lugar, isso e aquilo, e blablabla. Mas não é lá. E lá, não é aqui. Oportunidades que tenho lá, não terei aqui, e oportunidades que tenho aqui, claramente não terei lá. Só sei que eu não quero viver longe de meus amigos, como tenho vivido. E por mais que alguns deles sejam virtuais, não deixam de ser amigos, e mesmo assim quero estar o mais perto deles, possível. Mas também, bom não sei, é apenas algo que me surgiu agora - aqui é melhor para se viver. As oportunidades aqui, são melhores que as de lá, apesar de tudo. Não sei... Estou confusa, queria descobrir o meu lugar, a onde pertenço. Ter certeza de minhas vontades e desejos. Minha cabeça sempre foi um mar de confusão, mas agora o nível da água do mar aumentou. E não sei de mais nada. Tenho que fazer uma escolha - independente que algo já se perdeu - e quero que ela seja sensata. Que eu pense muito antes de fazê-la. Eu quero apenas descobrir o meu lugar...

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